Eu chego lá

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Medo de engordar.

É muuito comum o medo de voltar a engordar. Também, quem não teria, depois de anos de sofrimento pela obesidade e mais alguns na luta pela cirurgia, imagina engordar de novo.

Mas isso acontece sim. A gente acaba sabendo de alguns casos, quando eu estava na fila da cirurgia, ouvi absurdos, me contaram uma vez que tinha uma pessoa que batia bombons com Coca-cola no liquidificador e bebia, outros engordavam tomando Milk Shake, tem gente que se entope de Leite Condensado, essas coisas... Tem muita coisa calórica que engorda e até desce bem, ahh e nem todo mundo tem Dumping assim fácil, eu mesma posso comer uma caixa de bombom que não sinto nada.

Tenho uma amiga, Cristina, que operou na mesma época que eu, que logo quando operou comia muita sopa (eu também como) ai começou a engordar e não sabia o porque e isso foi logo no primeiro ano de cirurgia, ai ela passou com a Nutricionista e essa explicou, que não é porque a sopa e liquida que não vai engordar, afinal tem aquelas "super" sopas, que levam feijão, batata, cenoura, essas coisas, quer mais calórica do que sopa de ervilha ou mandioca. Cuidado em meninas, no inverno quem resiste a uma sopinha??
Outra coisa, muita gente diz que após alguns anos de cirurgia, a pessoa passa a comer mais, que o estômago aumenta de novo. Olha, eu tenho quase 7 anos de operada e é como se eu tivesse operado ontem, continuo entalando muito, se como uma garfada a mais do que cabe, não adianta, vai pra fora mesmo, passo super mau, o segredo pra eu comer bem é o seguinte: tenho que comer com calma, mastigar bem, em um ambiente tranquilo, sem muito barulho.
Comida muita seca também nem adianta, ai que saudades de uma Farofinha...
Muita gente que como eu passa mau comendo comida comum, como arroz e feijão, tende a abusar das "tranqueiras" essas coisas fáceis de comer; eu tive minha fase de salgadinhos, nossa, vivia de salgadinhos, amendoins, pipoca (minhas paixões) biscoito, bolachas, chocolate, ai já viu, no inicio parei de emagrecer, depois, naquela fase de bebida alcoólica, (bebida alcoólica engorda meesmo viu!)engordei, ai bate a tristeza, o medo, e para alguns esse é o motivo de beber ainda mais. Eu, como já contei..me casei, e tudo mudou, engordei mais um pouco sim, como todas as pessoas que casam !? cheguei aos 86kg, mas dessa vez estava comendo melhor, pois meu marido não gosta das "tranqueiras". Aí veio a gravidez, no inicio deu um medão de engordar muito e depois não voltar, mas decidi que acima de tudo ia ter uma gravidez saudável, e tive, cheguei aos horríveis 103 kg e como é ruim voltar a pesar mais que 100, mas depois do parto, em 15 dias emagreci 15kg e hoje estou novamente com 75kg, ou seja, meu melhor peso, eu já consegui chegar nos 72kg, mas nessa fase eu tive anemia, estava mau. Pra mim, 75kg não é o peso ideal, que seria 60kg, mas eu emagreci mais do que a média, que é 40% do peso, então está ótimo. Vai aqui uma dica: NÃO tenham medo da gravidez !
Em contrapartida aos que engordam depois da cirurgia, tem aqueles caso extremos de anorexia ou Bulimia, depois da cirurgia o medo é tanto de engordar que acontece esses casos, mais um motivo pra não abandonar a terapia, ou voltar a fazer terapia assim que notar uma falta de controle, na minha opinião, pra nós operados é muito fácil, na Bulimia, a gente come e depois vomita, simples, eu mesma consigo por tudo pra fora sem nem por o dedo na garganta, verdade, é nojento, mas é verdade, costume, quando passando mau, não penso duas vezes, não consigo ficar sofrendo ali entalada, resolvo logo, mas SÓ quando estou entalada, nunca fiz isso pra comer mais, coisa que já vi gente fazendo, mesmo porque, depois que ponho a comida pra fora, não consigo comer mais nada. Anorexia também é fácil, fazer jejum pra mim, é moleza, uma pedra de gelo mata minha fome, mas eu não fico sem comer, na maior parte do tempo eu me obrigo a comer alguma coisa, fico dias sem comer comida, ai, pra não cair na tentação das "tranqueiras" eu como coisas fáceis, mas que fazem bem, como queijos, frutas, como muito feijão, essas coisas, agora com filho pequeno, não posso me dar ao luxo de ficar doente.
Bom, não sou especialista em transtorno alimentar, mas acho que esse post já serviu pra alertar um pouquinho. O segredo de tudo na vida é o equilíbrio, nem relaxar e engordar nem ficar com medo e ficar doente, certo? Dá pra viver maravilhosamente bem, comendo bem e saudável.
Bjuuussss.
E se eu não voltar amanhã, tenham um ótimo fim de semana.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vícios e compulsões




Como sempre faço, ontem a noite fiquei pensando qual seria o assunto de hoje e me lembrei de algo muito importante, um assunto muito falado em reuniões e palestras sobre a cirurgia, os vícios e as compulsões.
Todos que estão na fila, ou já operaram sabem da importância do acompanhamento psicológico. Eu já comentei aqui que fiz terapia, mas como a maioria, eu também abandonei as sessões assim que consegui operar, achava que estava tudo bem, que dai pra frente era só alegria, e realmente foi, só que essa alegria excessiva também não é bom.
Posso dizer que nos primeiros 2 anos não senti tanto as mudanças psicológicas, no primeiro ano a gente fica tão as voltas com peso, consultas, acompanhamentos, que algumas coisas,passam batido, alem do mais eu estava voltado com o Paulo, lembram que ele tinha voltado logo que operei?
Na verdade durante algum tempo eu ainda estava com a mentalidade gorda, acho que a gente demora muito mais tempo pra emagrecer na nossa cabeça, eu não tinha me dado conta das mudanças, até que arrumei emprego, isso foi como um gatilho que disparou algo dentro de mim, eu lutava demais pra conseguir um emprego, mesmo tendo boas qualificações eu mandava curriculum ,ele gostavam, quando chegava na entrevista que me viam, ai davam uma desculpa e já era, não dava certo. Então quando consegui um bom emprego foi que me dei conta que as mudanças estavam acontecendo, nesse momento algo realmente mudou e me lembro até hoje o dia em que passava na rua e fui abordada por um rapaz que pediu meu telefone, aquilo foi demais, eu nem sabia como reagir, dei um numero louco só pra despistar, e sai rindo, rindo muito, de pura felicidade.E isso passou a acontecer com mais frequência. No local em que comecei a trabalhar tinha um homem lindo, que assim que fomos apresentados já foi dizendo que eu era o tipo dele, ai ai, aqueles olhos verdes....depois volto a falar deles.
Com emprego novo e dinheiro no bolso, vieram as compras, e como é bom fazer compras quando se pode escolher a roupa e não comprar a que serve e pronto, em pouco tempo meu guarda-roupas estava cheio de calças jeans, blusinhas...Também passei a sair mais, eu e uma grande amiga nos juntamos e vivíamos na balada, conhecíamos muita gente, e sabe como é, duas mulheres juntas, fazíamos sucesso e aproveitávamos, na balada beber se torna algo quase que inevitável, ai eu somava aquela alegriazinha do álcool e a auto estima lá em cima e aproveitava mesmo, beijei muuuito na boca, cheguei a ficar com vários caras em uma noite, mas esse "ficar" era só beijar mesmo. Com 30 anos eu estava no auge. Aquele homem, dos olhos verdes, que trabalhava comigo? Chegamos a ter um "rolo" durante 1 ano, nada muito sério, mas curti bastante, ele era - ainda é - motociclista, eu estava muito feliz, rodando pela cidade em uma moto com um gato daqueles ( eu que sempre gostei de moto, mas que nem sequer conseguia subir em uma, muito menos converser alguém a me levar na garupa).
Sei que durante uns 2 anos, eu aproveitei demais, até demais, a ponto de desmaiar na balada acreditam? Também, balada de terça a domingo e trabalhando, chegou uma hora que o corpo não aguentou. Só parei com tudo isso pois em Setembro de 2005 eu fiz minha primeira plástica, fiz a Abdominoplastia, e ai fiquei de molho, nesse período o Paulo (hoje meu marido) se aproveitou do meu repouso e me "cortejou" até eu voltar pra ele (nós tínhamos nos separado enquanto ele estava em Belo Horizonte e nesse momento ele tinha se mudado pra São Paulo) durante um mês, telefonou, mandou flores, fez promessas, e ai, quando eu estava recuperada e ia voltar a ativa, ele me pediu em casamento.
Na verdade, estou contando isso tudo, pra chegar a um ponto muito importante; em vários momentos eu quase perdi o rumo. É mais comum do que se imagina a gente trocar o vicio e a compulsão da comida por outro vicio, outra compulsão. Beber, comprar, transar, comer doces, etc...
Eu estourei cartão de crédito, cheques, tudo, fiquei com nome sujo... deu um trabalhão pra acertar tudo de novo. Bebia bastante na balada e achava até que não ia conseguir ficar sem no período em que fiz a plástica, no final das contas deu tudo certo, soube controlar meus impulsos, meus desejos, puxei o freio na hora certa.
Eu achava muito louca a ideia de que alguém de uma hora pra outra ficasse viciada em sexo, ou partisse pro alcoolismo, compulsão por compras...mas acontece. Afinal da pra entender que alguém que passa a vida toda usando aquelas roupas horríveis queira se arrumar, comprar mesmo, usar e abusar da moda, quantos e quantos modismos eu vi passar sem usar uma só peça. Quanto ao sexo é muuuito bom sentir-se bonita e desejada, e bom o poder de atrair pessoas, a gente se perde mesmo, quanto a bebida, com o estômago pequeno, com muito pouco já dá pra sentir o efeito do álcool, aquela euforia, tudo isso vicia SIM. Cuidado, siga todas as recomendações, e diante de qualquer sinal de perda de controle PARE e peça ajuda, certo!?
Bjuus

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Selando nossa união, primeiro beijo de casados.
Paulo minha vida, meu amor.

Ontem foi niver do meu amor e não poderia deixar de postar aqui, afinal nós temos uma história única, que alias, não foge ao tema desse blog.
Conheci o Paulo em Dezembro de 1993, eu as vésperas de completar 19 anos, sem nunca ter beijado um homen, é isso mesmo NUNCA tinha beijado. Ele, 10 anos mais velho, descolado, lider de torcida organizada, morando sozinho e eu já nos meus 100 e poucos quilos, muuito insegura, com auto estima zero.
Eu obesa desde a infancia sempre me mantive longe dos meninos, isso porque, os meninos sempre são os mais cruéis em por apelidos e sofri muito com isso...Sofri demais na minha adolescencia, era raro algum menino se aproximar de mim, e por medo de sofrer, quando se aproximavam eu era meio rude.
Nesse dia, ou melhor, noite, eu estava em frente a um barzinho com uma amiga, ela tinha saido pra conversar com o ex dela e eu fiquei sozinha, foi ai que esse cara apareceu puxando papo, eu estava de muito bom humor e fui legal com ele, ele e o ex da minha amiga decidiram acompanhar nós duas até em casa. Quando estavamos chegando no portão ele me beijou. Esse foi o instante mágico que mudaria minha vida para sempre.
Passamos 1 ano juntos, indo e voltando, pois alem das nossas diferenças de vidas minha familia era contra;até que nessas idas e voltas a gente não voltou, ou melhor ELE não voltou, simplesmente sumiu e por morar sozinho eu não sabia quase nada da familia dele e ele tinha uma facilidade enorme de se mudar, meio nomade mesmo.
Sei que sumiu, depois de 1 ano foi que tive noticias de novo, nos encontramos, conversamos, discutimos, e sei lá mais o que, eu não sabia se beijava (pela saudade) ou se batia (pelo sumiço).
Sei que depois disso ai sim ele sumiu de vez, eu segui minha vidinha, engordando, engordando.... e muitas vezes, a noite, olhando as estrelas chorava de saudades. Sempre amei ele demais, demais mesmo e depois dele não tive outro, 7 anos se passaram, eu cheguei aos 140kg e operei. Estava com 15 dias de operada me recuperando, minha vizinha veio me chamou e disse que tinha "uma moço" procurando por mim. Sai pra fora "linda", cabelo desarrumados, sem tingir, chinelo havaiana, com aquelas roupas lindas que a gente fica relaxada em casa, aquelas pernas MARAVILHOSAS, e fui pro portão, quando chego lá.. ahhh carregando meu estimado coletor do dreno tambem, dei de cara com o grande amor da minha vida. Eu quase que cai, não sei se de emoção ou fraquesa mesmo, rs rs .Não sabia se ficava feliz por ele estar ali, ou com vergonha, de estar ainda mais gorda, 40kg mais do que a ultima vez que tinhamos nos visto. O que sei é que ele pareceu tão feliz em me ver e parecia que ele estava vendo a pessoa mais comun do mundo, alias, sempre foi assim, aos olhos dele eu era comun, não uma mulher obesa.

Ali, naquele momento reascendeu a chama.
Passamos ainda por mais 5 anos de indas e vindas, ele agora estava morando em Belo Horizonte, vinha de um relacionamento de 4 anos e eu estava perdendo peso, louca pra renascer, descobrir a vida. O que sei é que Deus foi muuuito bom comigo, me trouxe o Paulo de volta, mas não me tirou a oportunidade de desfrutar as delicias da auto-estima, como o Paulo estava longe e namoro a distancia normalmente não dá certo, tive tempo de sobra pra curtir. Mas essa fase eu conto em detalhes mais pra frente, pode deixar...
Bom, daquele encontro em frente de casa ao casamento foram mais 5 anos.
Confesso que muitas vezes me perguntei se eu amava mesmo o Paulo, ou se eu amava o homen que me aceitava como eu era, por isso foi muito importante os anos que nos separaram e as experiencias que vivi, foi importante ver que ele amava a Patricia obesa, a Patricia emagrecendo, a Patricia cheias de peles e sobras, antes e depois das plasticas. Hoje, mais do que nunca sei que ele ama a Patricia que sou por dentro, o ser humano, e não esse corpo, essa veste que minha alma tomou emprestada nessa vida, e eu o amo por isso e por muito mais.
Parabéns meu amor.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Várias experiências, muitas histórias.


Depois de ter contado aqui a parte principal da minha "saga" passei o dia me dedicando a ler outros blogs, e foi ótimo, é bom saber de outras histórias e ver que mesmo depois de 7 anos, ainda tem gente que fica penando pra conseguir operar. O SUS não dá conta de todo mundo, e muitos Planos de Saúde continuam sendo sacanas, inventando história pra não operar.


Estou hiper feliz de saber que minha "Amiga blogueira" a Nanny, venceu essa batalha e agora está definitivamete rumo a cirurgia.




Ahh fiz outra coisa tbem, pra eu não me perder, fiz uma listinha com alguns temas que quero abordar aqui, vou lembrando e acrescento mais.
E coloquei alguns blogs legais tbem.




Hoje, sexta feira é dia de Pizza, bom, pelo menos pra mim é, sou viciada em Pizza, pelo menos 1 vez por semana tenho que comer, e se eu caprichar e comer bem devagar, mastigando bastante, consigo comer 2 até 3 pedaços se a massa for fininha.
Já tem coisas que não importa se eu como devagar, se mastigo um monte, não tem jeito. Com carne é assim, hoje já nem esquento mais, não como e pronto, só carne moida, na sopa, em molhos, essas coisas, um Bife, um Picadinho..xiiii nem pensar.
No começo eu insistia, cheguei até a fazer o que muitos operados me recomendavam, que é mastigar a carne e jogar fora, pode parecer nojento, mas antes eu tinha vontade de carne e alem do mais, minha taxa de Ferratina é super baixa e a carne é uma grande fonte de Ferratina, a Nutricionista vivia pegando no meu pé pra eu comer mais carne. Hoje desencanei, não como e pronto, de carne vermelha, as vezes como filé de frango, peixe eu não como mesmo, então sou quase vegetariana.
Quer ver decepção? Alguem chega e me convida pra uma festa, eu vou toda contente chego lá é churrasco, noooossa que decepção, vcs nem imaginam. Meu irmão mesmo é viciado em churrasco, tudo é motivo pra fazer um, e olha que ele esta na fila da cirurgia, quero só ver como vai ser, apesar de que sei que tem gente que come carne numa boa.
Então, viva a Pizza !!!!!
Bjusss

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vamos lá....
Bom, quem já operou sabe que é quando a gente chega em casa, toda feliz radiante, é que descobre que está cheia de duvidas; como já disse antes eu conhecia apenas 1 pessoa que já tinha operado, e tinha ouvido muita coisa nas salas de espera dos consultórios, como tudo acabou acontecendo muuito rápido, apesar da longa espera, eu nem tive chance de passar com a Nutricionista, por isso, eu tinha as recomendações dos cirurgiões quanto a alimentação do primeiro mês, mas nada de concreto.
Bem... cheguei em casa com fome !? Uma semana sem por nada na boca, imaginem... na verdade, sendo sincera, fome eu não tinha, era mesmo vontade de comer.
Eu sabia que só podia ingerir líquidos, então minha mãe cozinhou carne e tomei o caldo, quase tive um treco, é que ficou muito forte, como eu estava em jejum, só com soro naqueles últimos dias aquilo caiu como uma bomba, me deu suador, me deu frio, de tudo um pouco, ainda bem que existem anjos, e aquele meu único amigo operado me fez uma visita, ai pude tirar minhas duvidas, minha mãe passou a fazer sopa com tudo o que tinha direito mas eu só tomava o caldo, tomei muito Gatorade e muita agua de coco, adorava gelatina, pois a consistência dela dava uma sensação de estar comendo algo mais sólido, eu não tive liberação para tomar leite, iogurte, essas coisas, por causa do meu "querido" intestino torcido. E até hoje o leite integral me causa muito enjoo.
Eu em momento algum nesses primeiros 30 dias coloquei algo de sólido na boca, morria de medo de acontecer alguma coisa, enquanto estava internada, foi uma paciente lá na emergência que comeu sopa com frango batido no liquidificador, tinha fiapos de frango saindo pela cirurgia, verdade !!!! Sei de muitos casos de gente que comeu e estourou a cirurgia, pelo amor de Deus NÃO comam! Esses 30 dias passam e vc terá o resto da vida pra comer.
Bom, a questão da alimentação estava solucionada, o meu problema foram os drenos. Sai do hospital com dois, um grande (da mangueira mais grossa) ê um menorzinho, uma mangueira fininha ligado a uma bolsinha transparente, esse menor quase não sai nada, era uma aguinha de sangue, então na minha primeira consulta o Drº cortou a mangueirinha quase rente com o corpo, mas ele ficou lá, drenando, eu só usava uma bandagem, pois o liquido era pouco, pois bem, foi esse pequenino que me causou um problemão. Eu não conseguia dormir de barriga pra cima ( no hospital dormia sentada) de jeito nenhum, então, com muito cuidado eu deitava de lado e apoiava a barriga em cima de uma almofada. Pois bem, em uma noite, eu tinha ido dormir e deitei justamente do lado do tal dreninho, a mangueirinha eu prendia na barriga com esparadrapo, vcs nem imaginem, não é que ele se soltou e entrou pra dentro da barriga? Isso mesmo, senti uma dorzinha, tirei a bandagem o curativo e cade o dreno?? só tinha o furo ali, nossa nem preciso falar o meu susto ?Bom, mas mesmo assim com muita calma eu fui apertando a barriga até aparecer a ponta do dreno, peguei puxei pra fora e minha mãe tratou de prender o talzinho na minha barriga com tudo o que foi esparadrapo, linha, tudo. Aí doeu, como doeu, eu não podia nem me mexer, no outro dia fui chorando para o HC e lá rápido o médico tiro ele, na verdade a dor era causada mesmo pelo machucado que fez de ele ter entrado e saído. É cada coisa... O outro dreno, lindo... que saia uma agua verde escura, esse fiquei 1 mes com ele, é comum isso, mas tem gente que tira antes, isso varia conforme a quantidade de liquido drenado. Só é ruim porque as vezes vc quer sair e tem que ficar levando aquele pote ( no meu caso era um pote) pra todo lugar, era como um cachorrinho na coleira.
Outra coisa que me aconteceu nesses 30 dias foi o meu primeiro dumping. Eu estava tomando todos aqueles remédios pós cirurgia, e tinha um gosto horrível na boca, achava tudo ruim, fiquei preocupada com meu paladar, pensando: será que tudo o que eu comer daqui pra frente vai ter esse gosto ruim? será que perdi o paladar? Aí, pra tirar a duvida, a esperta aqui resolveu tomar groselha, detalhe: PURA, não foi muito, só um pouquinho, mas o efeito.... nooossa. Que dumping, só quem tem é que sabe.

Leia mais sobre dumping em:
http://www.exgordo.com.br/noticias/dumping.htm

Bom, essa, que eu me lembre foi a única "arte" que aprontei nesses primeiros 30 dias, depois tive a liberação para os alimentos sólidos, comecei com um pure de batata, depois fui acrescentando arroz, caldo de feijão, etc.

Agoara que chegamos a esse ponto, a partir daqui, pretendo falar sobre temas mais especificos, um deles, talvez seja o primeiro, será justamente sobre alimentação pós cirurgica. Vou me organizar e fazer uma lista, ok.
Não deixem de comentar.
Bjuuus

Muuito obrigada a todas, pelo carinho e pelos comentários, sei que tem gente que quer saber sobre outras mudanças, como foi minha gravidez por exemplo. Pode deixar que eu chego lá.
Achei importante que antes de mais nada vcs soubessem como foi a jornada até a cirurgia - tem muita gente passando por isso, outras nem começaram - e as primeiras mudanças (que eu vou falar agora) dai pra frente vou contando coisas legais e nem tão legais de ser operada certo? Paciencia tá bom!? Acompanhem a história, tenho certeza que vai te esclarecer ou pelo menos te divertir um pouco.
Bjuuus

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Como eu ia dizendo....

Acredita que quando marcaram a cirurgia eu não contei pra ninguém? Verdade, só contei pra minha família, e para uma amiga que ficou com uma listinha das pessoas que eu queria que ela avisasse, mas só quando eu estivesse internada e com a certeza de que a cirurgia ia rolar mesmo, é que lá no HC acontecia de colocarem outra pessoa na sua frente pra operar, caso a pessoa tivesse cm sérios problemas de saúde e muita urgência. Então o que sei é que fiz isso, sei lá, acho que com medo de me decepcionar de novo e ter que ficar dando explicação.
Pois bem, dia 12/11/2001 as 08:00hs, meu pai me acompanhou até o hospital e fiquei internada, na ocasião minha mãe cuidava da minha sobrinha que era um bebezinho e não pode me acompanhar muito nessa fase. Fiquei lá ansiosa demais, não sabia de nada, o que fazer, o que esperar... Eu só conhecia uma pessoa que tinha sido operada, um vizinho meu que pouco nos víamos, então imaginam como eu estava.
Passei o dia respondendo várias perguntas para vários médicos, mas nada do Drº Mitsunori aparecer, só a noite é que o anestesista veio e me deu um remédio pra dormir melhor. E 0 Drº Paulo Engler Pinto Junior foi se apresentar e dizer que ele é que tinha sido designado para fazer minha cirurgia, como disse antes, naqueles dias estava acontecendo um congresso sobre cirurgia bariátrica ali mesmo no HC e o "inventor" da cirurgia estava lá, lembro que a Drª Marlene chegou a brincar comigo dizendo que se "alguma coisa" acontecesse era só dar um telefonema que o Papa da cirurgia ou seja o mestre, ia lá resolver, mau ela sabia que íamos chegar bem perto disso....
Fui pro centro cirúrgico as 07:00hs, Ahh detalhe, estava menstruada, vê se pode, e eu com medo de isso ser empecilho pra cirurgia...nada a ver.
Pois bem, a enfermeira me acordou as 06:00hs me deu um comprimido pré anestésico e me mandou pro banho, depois deitei na maca completamente sem roupa, só com uma touca na cabeça, aqueles protetores nos pés e coberta apenas com um lençol. A sala do pré operatório do HC é uma loucura, nunca vi tanta gente em macas como ali, uma verdadeira linha de produção. Fui colocada ao lado de uma moça que ia fazer plástica nos seios e nos dedos da mão, nesse momento comecei a sentir muito enjoo e logo pensei "Meu Deus, meu estômago vai dar pau justo agora!? Não vão me operar!!!" chamei o enfermeiro e ele me explicou que aquilo era reação do pré anestésico que tinha tomado e que podia vomitar numa boa, foi o que fiz, mesmo estando em jejum, foi só um pouquinho, ele me deu um lençol e pronto, resolvido.
Lembro que ali, pouco antes da cirurgia, pensei que podia morrer, não adianta, a gente pensa mesmo, mas não tive medo em momento nenhum, eu já estava tão cansada daquela vida, da humilhação, da descriminação, do preconceito, que pra mim se eu morresse ali tava bom, pelo menos ia provar pra muita gente que eu não era a pessoa acomodada que eles julgavam, que eu não estava daquele jeito, enorme, só porque queria e era preguiçosa, pois era assim que muitos me julgavam., pois bem eu estava ali pro que desse e viesse.
Entrei no centro cirúrgico, e fui recebendo os preparativos, enfaixaram minhas pernas (um procedimento de rotina) colocaram os monitores cardíacos e pressão, aqueles fios todos, ai quando me disseram que iam anestesiar minha garganta pra que eu fosse entubada, decidi que era o momento de me entregar ao sono que estava sentindo.Dormi.
Foi realizada uma Gastroplastia em Y de Roux (Cirurgia de "Capella") Convencional ou seja aberta.

É uma derivação gástrica ("gastric bypass"), método mais utilizado no mundo. Consiste em reduzir o volume do estômago a não mais do que 30 ml e conectá-lo ao intestino. Pode ser feita sem anel ou com anel ("Capella"), que diminui mais a velocidade de esvaziamento. O procedimento pode ser por via laparoscópica (realizada através da introdução de pinças especiais no abdome por 6 pequenos cortes) ou através de uma incisão abdominal (entre 10 e 15 cm), sempre sob anestesia geral.

Indicação: Obesos mórbidos.
Contra-indicação: Dependência de drogas e álcool, Cirrose
% perda de peso: 30 a 40% do peso total em média.
Riscos: Fístulas, embolia pulmonar.
Falhas: Perda de peso insuficiente rara.
Internação hospitalar: 72 horas;tempo cirúrgico aproximado: 2 horas.;recuperação anestésica: 3 horas.
Dieta: Líquida 30 dias.
Acompanhamento: Consultas periódicas.


Acordei na UTI (procedimento padrão)com meu pai ao meu lado, estava completamente grogue, ouvi ele e dormi de novo, acordei algumas vezes mas meio que sem saber onde estava, com o corpo duro e com muito, muito calor, lembro (hoje achando graça) que pensei que minha cama estava em baixo de uma janela que batia muito Sol, vê se pode, nem janela tinha, só passados alguns dias, quando conheci meu amigo Jaison (que alias queimou feio a bunda no colchão) soube que estava sobre um colchão térmico. Pois bem, fiquei na UTI, recebendo todos os cuidados, inclusive um super banho dado por um enfermeiro muito simpático, como eu ainda estava sonolenta nem vergonha deu pra sentir.
Fui pro quarto no dia seguinte ao da cirurgia, e a Drª Ingrid (cirurgiã) recomendou que assim que eu pudesse, que andasse para limpar os pulmões.
Logo que fui pro quarto recebi a visita da minha mãe que ficou muito emocionada, ela sempre teve muito medo e só depois eu soube que dei muito trabalho, o Drº Paulo disse que suou a camisa pra me operar e a Drª Marlene disse que quase que tiveram mesmo que pedir socorro lá no Congresso, o Drº Mitsunori na primeira visita me fez deu uma recomendação que sigo até hoje, ele disse pra sempre respirar fundo, devagar e fundo, que vou me sentir melhor, inclusive nos entalos, me explicaram que meu intestino era todo torcido (de nascença) algo que não se poderia prever e que por isso deu muito trabalho na hora de fazer a ligação estômago - intestino, minha cirurgia demorou 8 horas, minha família ficou em pânico, sem noticias, eles ligavam e diziam que eu não estava no centro cirúrgico, ligava nos quartos diziam que lá eu tbem não estava, imaginem o sufoco deles, com o desencontro de informações, minha mãe em casa com minha sobrinha e meu pai sozinho lá no hospital, na época sem celular né!?
Fiquei internada por 7 dias, sem comer nem beber nada, inclusive agua, sofri pra caramba, mas NADA DE DOR, em momento algum senti dor, nesse ponto foi muuito bom.
Sofri porque fiquei lá, um tédio ficar no hospital, minha companheira de quarto era muito porca, fazia xixi na comadre e largava lá no banheiro em cima do vaso, toda vez que eu ia no banheiro tinha que tirar de lá, e não sei porque cargas d'agua, ela tinha que guardar a urina, que ficava em um vidro enorme em cima do lavatório, imagina minha cara na hora de escovar os dentes, eu hein, nunca mais! Eram tantas coisas, rs rs rs
Eu ficava mais tempo vendo TV e no orelhão, não era todo dia que tinha visita por causa da distancia de casa no hospital.
Bom finalmente no Domingo (operei na terça) me trouxeram chá (sem açúcar) e uma sopinha, eu tinha tanto medo de comer e sentir dor que quase não comi, mas não teve dor não.
Soube que "talvez" tivesse alta na Segunda-feira.
Na Segunda feira realmente me deram alta, mas não porque achavam que eu estava boa, e sim porque precisavam muito do leito, já que no HC, só tinha 1 leito para obeso, e eu estava "atrasando a fila" quem entrou pra operar depois de mim, foi (hoje minha amiga) Tais.
Detalhe, normalmente o tempo de internação é de 2 a 3 dias no caso de cirurgia aberta como a minha, é que no meu caso, com aquele problema do intestino acharam melhor eu ficar mais, mesmo eu não sentindo nada. Outra coisa, é comum ir pra casa com 1 dreno, que é tirado em alguns dias, eu fui embora com 2 drenos,1 foi tirado em uma semana (depois conto a terrível historia dele) e o outro que todo mundo sai com ele e tira em uns 2 dias, EU fiquei 1 mês com ele, ele praticamente se tornou um animal de estimação, rs rs.
Fui pra casa, finalmente.


Continua....

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Onde tudo começou.


Lembro que a ideia da cirurgia surgiu quando vi uma entrevista com o Dr. Artur Garrido na TV, na entrevista ele falou sobre a cirurgia e sobre o atendimento no HC-SP,eu e minha mãe (parceira de inúmeras tentativas de emagrecimento) ficamos maravilhadas com o antes e depois de alguns operados. Decidimos então, mais uma vez ir a luta.



Fomos no HC, mas não conseguimos entrar, na época tinha um certo controle, ai, no balcão de informações, nos recomendaram procurar o Hospital São Paulo, lá fomos nós, na época, acabei fazendo tratamento lá, foi quando perdi um pouco dos meus 147kg, mas logo, como todos os outros tratamentos anteriores, esse tbem parou de dar resultados, perdi um pouco e logo o peso estabilizou.



Voltamos no HC, isso bem mais de 1 ano depois da primeira tentativa, dessa vez conseguimos chegar no sonhado 6º andar, qdo desci do elevador, foi como se - pela primeira vez - estivesse no meu mundo. Ali me deparei com pessoas de todos os tamanhos, todos os graus de obesidade, eu cheguei até a me sentir pequena.



Me juntei aquela multidão de pessoas esperando, sem saber na verdade o que esperar...



Foi quando uma enfermeira veio chamar aqueles que estavam lá pela primeira vez, eu me meti no bolo e entrei, logo estava entrando em uma sala, de cara com um cirurgião japonês (que anos mais tarde se revelaria meu anjo) ele foi me mandando pra balança e fazendo um monte de perguntas foi ai que ele percebeu que eu não era operada ainda e me mandou aguardar de novo. Fui chamada em outra sala, o médico fez algumas anotações, anotou meus dados e só.



Sai achando que em pouco tempo seria operada. Que engano...



Fomos pra casa, eu e minha mãe, cheias de duvidas, depois de algum tempo meeeses, voltamos lá. Só aí foi que entendemos que havia uma "gigantesca" fila de espera, e que meu nome estava no caderno, pra alguns isso já era uma vitória, pra mim era frustrante, saber que a espera chegava a 4, 5 anos, talvez eu nem tivesse esse tempo, já que alguns médicos já falavam em morte súbita. Quem me atendeu dessa vez foi o Dr. Luiz Vicente Berti, que diante do meu desespero me aconselhou a fazer um plano de saúde e a procura-lo no Instituto Garrido.



Com muito sacrifício (já que eu não conseguia emprego de jeito nenhum) fizemos o plano de saúde e fomos no consultório, passei com o Dr. Luiz Vicente, ele pediu exames, chegou a marcar a data da cirurgia, o hospital, tudo, pra dali há alguns meses, lembro que o abracei e chorei muito, tudo estava dando certo, até que....



Com o resultado dos exames o Dr. Luis me encaminhou para a "temida" Dra Jô (sefina), só eu sei o que ouvia de outros pacientes na sala de espera.



Pois bem, ela acabou comigo e com meu sonho, fiquei chocada qdo me receitou um monte de remédios para emagrecer, inclusive para controle da diabetes, coisa que alias, NUNCA tive, disse que não ia me operar enquanto eu não perdesse 30kg (SE eu conseguisse perder 30kg, com certeza não estava ali, não é? ) pois eu roncava, mas eu não roncava, e ela nem me explicou o que era a apnéia, alem disso tudo o plano de saúde que eu pagava com tanto sacrifício, negou o pedido de cirurgia, pra pagar a cirurgia particular eu não tinha. Com tudo isso entrei em depressão, sofri muuito, muuito mesmo, só eu sei o que passei e as coisas todas que me passavam pela cabeça, me tornei um perigo pra mim mesma. Até que eu dia juntei minhas forças e fui na clínica, disse pra Dra Jô que ela tinha vencido, eu estava desistindo, pois com os remédios que ela receitou eu estava engordando e estava deprimida, mais uma vez chorei abraçada ao Dr. Luiz, joguei a toalha, tinha desistido do meu sonho.



Não sei se por sorte, milagre, um um "empurrãozinho" do Dr. Luiz, o que sei é que 3 meses depois, em Junho de 2000, o HC me ligou, fazia 2 anos desde a primeira vez que tinha ido lá, fazia 2 anos que estava na fila de espera.



Fui lá, participei de uma palestra e explicaram que aquela turma (vários foram chamados) seriam operados só depois de Fevereiro de 2002, ótimo, pra mim estava ótimo. Comecei a fazer os exames, e participar mais das palestras, pois até então, na época, essa era a principal fonte de informação e troca de ideias sobre a cirurgia.



Fui fazendo os exames, a essa altura já não pagava o plano de saúde, mas fiz tudo pelo SUS, em minha cidade, foi tudo dando certo, até mesmo a (outra) "temida" Dra Marlene (psicóloga) foi com minha cara, me mandou fazer terapia, eu fiz, e a psicóloga Dra Claudete atestou que eu tinha condições de operar, a essa altura eu tinha me recuperado da depressão e realmente estava bem.



Como já disse a expectativa é que fosse operada depois de Fevereiro de 2002, estávamos em Novembro de 2001, fui levar os exames pro Dr Mitsunori ver (aquele que entrei na sala errada)o japones, lembram? eu estava parada do lado de fora da sala, a Dra Marlene saiu na porta, perguntou se eu estava com tudo lá, eu disse que sim, ele pegou os exames da minha mão e entrou na sala, depois me chamaram, ela o Dr. Mitsunori e mais um médico, me perguntaram se eu estava preparada pra operar (claro que sim , né!) ai, como se aquilo não fosse nada, marcaram a cirurgia pra terça-feira (estávamos em uma quinta-feira) disse que eu internava na segunda, e que se tudo desse certo eu operava na terça, iam ver se tinha um cirurgião disponível, já que nessa data o hospital estaria sediando um congresso sobre a cirurgia.



Nesse dia eu estava sozinha, nem sei como cheguei em casa, foram os quilómetros mais longos entre o HC e minha casa. Que festa. Meu sonho ia finalmente se realizar no dia 13 de Novembro de 2001.






Continua....












segunda-feira, 18 de agosto de 2008



Oi queridos

Decidi iniciar esse blog com algo muito importante, uma fotinho basica de antes da cirurgia, afinal o que todos que visitam aqui mais querem e justamente saber se valeu a pena, então ai vai uma foto de antes da cirurgia.
Essa foi tira em 1998 e aí, eu acredito que estava com o maximo de peso que cheguei a ter que foi 147kg.

sábado, 16 de agosto de 2008

Bom dia pessoal, essa é primeira post, vamos ver no que esse blog vai dar, quero muito ajudar a todos com minha experiencia, vou, logo de cara ver se coloco aqui uma foto de antes e depois, acho isso muuuito importante.
Então vou providenciar e volto logo pra contar as novidades.
Bjuuu